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A evolução da informatização na contabilidade

  • Foto do escritor: Aurea Paes
    Aurea Paes
  • 13 de nov.
  • 2 min de leitura

Outro dia, conversando sobre a minha trajetória profissional, lembrei-me de alguns percalços que enfrentei durante os meus mais de 40 anos de atividade, principalmente no que se refere às transformações digitais. Fiz até um vídeo sobre isso, que está lá no Youtube (https://www.youtube.com/@aureapaes30)


Então, vou deixar, aqui, uma linha do tempo da informatização na contabilidade no Brasil, destacando os principais marcos tecnológicos que transformaram a forma como os contadores trabalham.


E sim, eu presenciei tudo isso!!!


E, o mais importante, ainda estou aqui para contar a história.

 

📑 Antes da era digital (até os anos 1980)

  • Registros manuais em livros contábeis.

  • Uso de máquinas de escrever e calculadoras para preenchimento de guias e formulários.

  • Alto risco de erro humano e muito retrabalho.

 

💾 Anos 1990 – Primeiros softwares e disquetes

  • 1991: Receita Federal começa a aceitar a declaração de IRPF em disquete (primeiro passo rumo à informatização fiscal).

  • 1995: Criação do SINTEGRA (Convênio ICMS 57/95), com entrega obrigatória de arquivos magnéticos em disquete a partir de 1997.

  • 1999: Lançamento do SEFIP, substituindo guias manuais de FGTS e INSS.

  • Popularização dos softwares contábeis de escritório (folha, fiscal e contábil em DOS/Windows).

 

🌐 Anos 2000 – A internet chega de vez

  • 2004: Rio de Janeiro adota a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), uma das primeiras capitais do Brasil.

  • 2006: Início da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e, modelo 55) para circulação de mercadorias.

  • 2007: Criação do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), marco histórico da informatização contábil.

  • 2008: Primeiras entregas obrigatórias do SPED Contábil (ECD) e SPED Fiscal (EFD-ICMS/IPI).

  • 2009: Expansão da obrigatoriedade da NF-e para mais setores.

 

🔑 Anos 2010 – Certificação digital e integração

  • 2011: Surge o Conectividade Social ICP, exigindo assinatura digital para envio de GFIP e obrigações trabalhistas.

  • 2013: Criação da EFD-Contribuições (PIS/COFINS).

  • 2014: Início da NF-e 4.0, mais moderna e segura.

  • 2018: Entrada em produção do eSocial e da DCTFWeb, marcando a substituição gradual da GFIP.

 

📲 Anos 2020 – Consolidação e transformação digital

  • Ampliação da NFS-e Nacional, integrando municípios à plataforma unificada.

  • Substituição do SEFIP pelo eSocial + DCTFWeb para recolhimento de encargos trabalhistas.

  • Popularização de softwares contábeis 100% online e sistemas em nuvem.

  • Integração de inteligência artificial, RPA e análise de dados na rotina contábil.

 

🚀 Futuro próximo

  • Automatização total da escrituração e cruzamento de dados em tempo real.

  • Expansão da contabilidade digital e consultiva.

  • Uso intensivo de IA e blockchain para auditoria e validação de informações.

 

A contabilidade saiu do papel e caneta para um ambiente digital, integrado e em nuvem, onde o contador, hoje, atua muito mais como consultor estratégico do que apenas como registrador de informações.


Aurea Paes

13/11/2025


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